Eugenia, Ciência e o Racismo Biológico Nazi

Poderá a ciência ser pervertida?

A eugenia nazi transformou pseudociência em política de Estado:

“higiene racial”, esterilizações forçadas e o programa Aktion T4

foram apresentados como medidas “médicas”.

O aparelho científico e universitário

tornaram-se peças da máquina de propaganda nazi.

Desde cedo, a ideologia racial foi enraizada em manuais e aulas de “biologia racial”,

enquanto a Hitlerjugend inculcava disciplina, obediência e doutrinação ideológica.

No espaço público, rádio e cinema amplificaram a narrativa:

os “arianos” como ideal de pureza; judeus, ciganos e doentes rotulados como “degenerados”.

A simplificação e a repetição de slogans pseudocientíficos

facilitaram a aceitação social de políticas cada vez mais violentas.

Leis e práticas

As Leis de Nuremberga (1935) retiraram cidadania a judeus e

proibiram casamentos “mistos”. Em paralelo, a Lei para a Prevenção de Descendência

com Doenças Hereditárias (1933) habilitou tribunais de saúde a ordenar

industrializou a eutanásia de doentes e deficientes sob o rótulo de “vidas indignas”.

Tudo isto foi acompanhado de gráficos, infografias e imagens médicas distorcidas

que “provavam” degeneração e custos “insustentáveis”.

A gramática da persuasão

• Simplificação e repetição: “puro/impuro”, “saudável/doente”.
• Desumanização médica para justificar exclusão.
• Autoridade científica a legitimar políticas coercivas.
• Gráficos e cartazes com “dados” enviesados para chocar e convencer.
• Silenciamento de dissidência académica e clínica.

Do passado ao presente

Hoje, emergem riscos com novas roupagens:

racismo biométrico (falhas de reconhecimento facial),

algoritmos discriminatórios treinados com dados enviesados e

a tentação de uma eugenia genética via seleção de embriões e IA.

A resposta passa por literacia científica, auditorias algorítmicas,

ética aplicada e transparência no controlo da informação.

Aprofunde:

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CTA: Divulgue para promover pensamento crítico e combater a manipulação científica.